30.12.10

CASO CLDS - SANTA CASA DA MISERICÓRDIA - CM ARGANIL

Reunião Extraordinária 29 DEZ 2010

A- Período da Ordem do Dia

Incluído no ponto único da Ordem de Trabalhos (Contrato Local de Desenvolvimento Social CLDS – Ponto de situação – Deliberação), o senhor Presidente apresenta duas propostas para deliberação:

1- Revogar deliberação de 2 de Novembro relativa à nomeação da Entidade Santa Casa da Misericórdia para Coordenadora do CLDS – Arganil.

Aprovado com 3 votos a favor (PSD) e dois votos contra (PS) e (Independente)

2- Nomear a Entidade APPACDM para Entidade Coordenadora do CLDS

Aprovado com 3 votos a favor (PSD) e dois votos contra (PS) e (Independente)



DECLARAÇÃO DE VOTO


Revelo que foi com espanto que recebi no meu e-mail uma convocatória assinada pelo senhor Presidente de Câmara para uma reunião extraordinária, para o dia de hoje, ao que também juntei ao espanto, alguma perplexidade, porquanto os assuntos a tratar eram, um, e com a seguinte descrição; Contrato Local de Desenvolvimento Social – Ponto de situação – Deliberação.

Revelo que a minha perplexidade, recai especificamente sobre a matéria da convocatória.
Em concreto e em termos programáticos e legislativos, o Órgão Executivo / Câmara Municipal, já tinha deliberado em reunião nº 24/2010 de 2 de Novembro sobre esta questão, tendo aprovado, por unanimidade e por proposta do senhor Presidente, a indicação da Santa Casa da Misericórdia de Arganil para Entidade Coordenadora do projecto, com alegação e justificação de reconhecimento de qualidade, conforme emana do nº 1 da Norma VII da Portaria nº 396/2007 de 2 de Abril, pelo que não conseguia vislumbrar a razão desta convocatória extraordinária e de todo extemporânea.

E refiro de extemporânea pelo facto do senhor Presidente, na referida reunião nº 24/2010 de 2 de Novembro, ter solicitado a inclusão desse ponto para além da Ordem de Trabalhos, sem haver meandros e mais explicações e de que colheu consentimento unânime.

Por tudo isto, foi meu entendimento e convicção que tudo estava, institucionalmente decidido.

Em suma e sinteticamente, o Concelho de Arganil foi contemplado, por decisão do ISS, I.P. (Instituto da Segurança Social), por um CLDS (Contrato Local de Desenvolvimento Social) e coube à Câmara designar, por proposta fundamentada nas alíneas a), b), c) e d) do nº 1 da Norma VII da Portaria nº 396/2007 de 2 de Abril a entidade Coordenadora, o que veio a acontecer com a designação da Santa Casa da Misericórdia de Arganil, na referida reunião de 2 de Novembro.

Longe de mim pensar que o motivo que está subjacente à convocatória para esta reunião extraordinária seria outro.
Pelo conhecimento que tive com alguma documentação, donde consta troca de correspondência entre a Câmara Municipal e a Santa Casa da Misericórdia, documentação esta que me foi facultada pela Santa Casa da Misericórdia de Arganil e não pela Câmara o que não é de estranhar.
Aliás, é habito do senhor Presidente esconder da oposição alguns assuntos que dizem respeito ao município, só o fazendo “em última instância” e quando se vê “cercado”, como já aconteceu anteriormente e muito recente com o Sub_Paço e ainda, para que não haja qualquer dúvida, comprova a documentação anexa para a esta reunião, emanada pela Câmara, cingir-se apenas a cópia de legislação.

Por diante;

Atendendo que cabe à Entidade Coordenadora, no caso, a Santa Casa da Misericórdia, designada e mandatada, como tal, por deliberação de Câmara (2 de Novembro) a designação e nomeação do Coordenador, a Câmara Municipal protagonizada pelo senhor Presidente, invade ilegitimamente o processo de escolha do Coordenador, para, numa primeira fase indicar para coordenador o senhor Dr. Luís Filipe Soares Quaresma (Deputado Municipal da Assembleia Municipal de Arganil pelo PSD), à boa maneira de” BOY”, reclamando o valor máximo admissível de vencimento mensal, em € 2.400,00, quando a Santa Casa pratica o valor de € 1.082,25.

De seguida a Câmara volta “à carga”, com o intuito de impor à Santa Casa da Misericórdia de Arganil, aceitar o nome para o Coordenador e respectivo valor remuneratório, já à moda de “JOB FOR THE BOY”, chantageando com a quebra do compromisso assumido e deliberado em reunião de 2 de Novembro, pela não aceitação das referidas condições.

É presente uma carta da Santa Casa da Misericórdia dirigida ao senhor Presidente de Câmara Municipal de Arganil, onde constam todos os pressupostos históricos da situação, negando ter havido qualquer acordo quanto ao nome e vencimento do Coordenador.

É bem patente em todo este processo que o grande responsável pela actual situação de impasse, cabe exclusivamente ao senhor Presidente de Câmara, que imprudentemente coloca em situação difícil e insustentável a Câmara, a Santa Casa e o Dr. Luís Quaresma.

Assim;

1- Reconheço na Santa Casa da Misericórdia, capacidade de liderança, responsabilidade, adequabilidade e experiencia comprovada para a prossecução do projecto.

2- Validar o objectivo imperioso do projecto, acima de qualquer outro interesse que não seja a finalidade de que de melhor serve a Acção Social.



E, pelo exposto, sou de repudiar as propostas apresentadas pelo senhor Presidente, nomeadamente;

A- Tal processo revelar tentativa do senhor Presidente da Câmara proceder, por interpostos condicionalismos, a ingerência sobre a entidade Coordenadora nomeada.

B- Basear o seu protesto e ameaça de rompimento do acordo com a Santa Casa, no específico condicionalismo de nomeação do Dr. Luís Filipe Soares Quaresma para Coordenador, bem como, respectiva remuneração mensal de € 2.400,00, secundarizando os reais objectivos do projecto.

C- Não constituir a cláusula B, fundamento revogatório da deliberação tomada na reunião nº 24/2010 de 2 de Novembro, ainda que, a mesma ou parte da unanimidade obtida na deliberação de 2 de Novembro, possa ser a mesma ou parte a dar o dito por não dito, naquelas circunstâncias.

D- Ser a clausula B, atentatória dos deveres e dos direitos institucionais e da cidadania.

E- E mais uma vez, o senhor Presidente pronuncia-se, abusivamente, em nome do executivo, sobre matéria da responsabilidade directa do Órgão, cujo teor não foi abordado em reunião de Câmara.



Rui Silva

ORÇAMENTO 2011 - ARGANIL EM QUEDA GALOPANTE

GOP / Plano Plurianual de Investimentos e Actividades Mais Relevantes para o ano de 2011.

Pela análise, embora pouco profunda por motivo de falta de tempo (documentação facultada a 2 de Novembro), levantam-se algumas dúvidas de interpretação circunstancial relativas aos valores e metodologias que integram alguns dos projectos, nomeadamente, o que se relaciona com os co-financiamentos.

É preciso saber interpretar que a serem previstos co-financiamentos sem estarem garantidos é uma forma habilidosa de “encher” o GOP de projectos, à partida sabendo à partida que não irão ser executados, mas que servem bem para uma operação de “charme político” cujo resultado será iludir o eleitorado.

Isto justifica o conhecimento pormenorizado do documento, porque tal, reveste-se da maior importância para a presente análise e mais ainda, com relevância, para interpretar o documento do Orçamento previsto no ponto 2º , a saber:
02 – Funções Sociais
02 002 - Ensino não Superior

A Escola EB1 de Sarzedo é classificada como despesa de capital, com referência de projecto relativo ao ano de 2006, não apresenta despesa efectuada em ano anterior a
2010 e prevê um investimento em 2011 no valor de €10.000,00 prevendo um co-financiamento de 70% de fundos comunitários. As questões que coloco são; a que se refere o investimento e se a candidatura que já terá sido apresentada, já se encontra aprovada para o co-financiamento dos 70%?
A Escola EB1 de Arganil é classificada como despesa de capital, com referência de projecto relativo ao ano de 2009, apresenta despesa paga até ao final do ano de 2010 de €60.506,00 dos €234.266,00 facturados até final de Outubro de 2010, prevê um investimento em 2011 no valor de €1.900.000,00, prevendo um co-financiamento de 80% de fundos comunitários. As questão que coloco, em concreto é, se a candidatura já se encontra aprovada para o co-financiamento dos 80%?
A Aquisição de Equipamento – EB1 de Arganil é classificada como despesa de capital de Fornecimentos e Outras, com referência de projecto relativo ao ano de 2011, portanto trata-se de um projecto que ainda está por realizar mas que já se sabe (por recurso aos “adivinhos”) que prevê um investimento de €15.000,00 a realizar em 2011 e que irá ser co-financiado em 80%, pelos Fundos Comunitários. A questão que coloco, em concreto é simplesmente uma explicação convincente sobre o que acabo de sinalizar?
02 007 – Ordenamento do Território
O Programa de Regeneração Urbana é classificado como despesa de capital, com realização mista; Administração Directa e Empreitada, com referência de projecto relativo ao ano de 2010, prevê um investimento em 2011 no valor de €10.000,00 e de €325.000,00 para os anos de 2012 e de 2013, prevendo um co-financiamento de 70% de fundos comunitários. As questões que coloco são; a que se refere o investimento, que zonas abrange e se a candidatura que já terá sido aprovada, confirma o co-financiamento de 70% e em que programa está integrada?
O Parque Estacionamento Benfeita é classificado como despesa de capital, com realização mista; Administração Directa e Empreitada, com referência de projecto relativo ao ano de 2010, prevê um investimento em 2011 no valor de €10.000,00 e de €70.000,00 para o ano de 2012, prevendo um co-financiamento de 70% de fundos comunitários. A questão que coloco é se a candidatura que já terá sido aprovada, confirma o co-financiamento de 70% e em que programa está integrada?
A Elaboração Plano de Aldeia de Vila Cova é classificada como despesa de capital, com realização não especificamente definida, com referência de projecto relativo ao ano de 2010, prevê um investimento em 2011 no valor de €50.000,00 e de €150.000,00 para o ano de 2012, prevendo um co-financiamento de 70% de fundos comunitários. Tendo sido o projecto aprovado recentemente, em reunião de Câmara de 20 de Julho de 2010. A questão que coloco é saber se a candidatura já terá sido aprovada e se confirma o co-financiamento de 70%?
A Requalificação Ribeira de Folques é classificada como despesa de capital, com realização mista; Administração Directa e Empreitada, com referência de projecto relativo ao ano de 2011, portanto trata-se de um projecto que ainda está por realizar mas que já se sabe, embora não sei como, que prevê um investimento de €20.000,00 a realizar em 2011 e de €180.000,00 em 2012 e que irá ser co-financiado em 60%. A questão que coloco, em concreto é simplesmente uma explicação convincente sobre o que acabo de sinalizar?
02 012 – Cultura
A Requalificação do Edifício do Teatro Alves Coelho é classificada como despesa de capital, com realização mista; Administração Directa e Empreitada, com referência de projecto relativo ao ano de 2009, prevê um investimento em 2011 no valor de €5.000,00 e de €770.000,00 para os anos de 2012 e 2013 e prevê um co-financiamento de 40% de fundos comunitários, pelo que sei, porque foi referido pelo senhor Presidente, no âmbito do CIMPIN. A questão que coloco, em concreto, é saber se a candidatura já foi aprovada e se confirma o co-financiamento de 40%?
02 013 – Desporto, Recreio e Lazer
A Requalificação da Antiga Cerâmica é classificada como despesa de capital, com realização por Empreitada, com referência de projecto relativo ao ano de 2008, apresenta despesa paga até ao final do ano de 2010 de €363.198,00 (Estando facturado e aprovado até final de Novembro de 2010 o montante de €840.306,00), prevê um investimento em 2011 no valor de €3.300.000,00 e de €2.000.000,00 para o ano de 2012 e prevê um co-financiamento de 44% de fundos comunitários (Taxa ponderada entre os co-financiamentos do Bloco A(70%) e Blocos B+C(60%) ).
Sobre esta empreitada solicito ao senhor presidente os seguintes esclarecimentos:
1- Durante a sessão do Fórum Arganil+ Cerâmica foi referido na apresentação, pelos senhores Presidente e Vereador, que já teriam sido liquidadas despesas no valor de cerca de €800.000,00 e pelo que se vê no GOP só estão referenciados €363.198,00. Pergunto em que ficamos, acreditar no que foi dito no Fórum ou no que está inscrito no GOP?
2- Ainda durante o Fórum foi referido que o valor do co-financiamento dos Blocos B+C é de €1.330.255,38, enquanto que o senhor Presidente, na reunião do executivo, de 15 de Junho de 2010, afirmou e facultou-me uma cópia da Certidão de Acta do CIMPIN, assinada pelo Secretário Executivo, onde refere que em reunião da Unidade Directiva do CIMPIN datada de 26 de Fevereiro de 2010, foi aprovado para os blocos B+C um co-financiamento no valor de €1.467.589,79. Pergunto ao senhor Presidente em qual das versões devo acreditar?
3- Todos sabemos que a obra estava prevista custar €6.000.000,00 e que o GOP (Grandes Opções do Plano) para 2010 previa um investimento de €2.000.000,00 em 2010, €2.000.000,00 em 2011 e €2.000.000,00 em 2012. Também sabemos que a obra vai ultrapassar na sua execução os €6.000.000,00, até porque estão inscritos para esta reunião do executivo, 9 pontos relacionados com Trabalhos a Mais e Erros e Omissões, que se traduzirão num acréscimo de custos para a obra em €62.564,40. Pergunto qual a razão porque nas GOP de 2011, a obra apresenta uma redução no valor global de menos €337.000,00, quando, pelo contrário e para já, vai custar mais €62.564,40, de que se depreende que faltam no orçamento da despesa para 2011 cerca de €400.000?

03 – Funções Económicas
03 001 - Agricultura
Caminhos agrícolas são classificados como despesa de capital, com realização mista; Administração Directa e Empreitada, com referência de projecto relativo ao ano de 2010, que prevê um investimento de €5.000,00 a realizar em 2011 e de €945.000,00 em 2012 e 2013 e que irá ser co-financiado em 75%. As questões que coloco são; dado a grande envergadura financeira do projecto, pretendo uma explicação, embora que sucinta, a que se refere o investimento e que zonas abrange e se a candidatura que já terá sido aprovada, confirma o co-financiamento de 75%?
Sinalização Estruturas de Defesa Contra Incêndios é classificada como despesa de capital, com realização não especificamente definida, com referência de projecto relativo ao ano de 2010, que prevê um investimento de €2.500,00 a realizar em 2011 e irá ser co-financiado em 70%. A questão que coloco é saber quais as acções que a candidatura contempla?
Pontos Água – Construção/Manutenção é classificada como despesa de capital, com realização mista; Administração Directa e Empreitada, com referência de projecto relativo ao ano de 2010, que prevê um investimento de €33.000,00 a realizar em 2011 e irá ser co-financiado em 70%. A questão que coloco é saber quantos depósitos estão previstos para nova construção e em que zonas?
03 003 – Transportes Rodoviários
Beneficiação de Estacionamento e acessos – Fraga da Pena/Percursos do Caratão é classificada como despesa de capital, com realização por Empreitada, com referência de projecto relativo ao ano de 2008, tem um investimento já realizado no valor de €57.505,00 e prevê um investimento em 2011 no valor de €140.000,00 e prevê um co-financiamento de 75% de fundos comunitários. A questão que coloco, em concreto, é saber o ano de aprovação da candidatura e qual o programa que a financiou?
- Cap. II, Ponto 2º - Orçamento de Receita e Despesa para o ano de 2011.
Sobre este ponto pretendo orientar a minha interpolação relativa à receita, pelo que solicito as seguintes justificações:
- Na rubrica 04.01.23.01 – Mercados e Feiras, a que se deve um aumento em quase o dobro, de 29.125 em 2010 para 48.926 em 2011?
- Na rubrica 04.99 – Multas e penalidades diversas, o que justifica o aumento para mais do dobro, de 20.387 em 2010 para 41.371 em 2011?
- Na rubrica 05.10.05 – Rendimentos / Bens do Domínio Público, a que respeitam os €600.000,00?
- Na rubrica 05.10.99 – Rendimentos / Outros, a que se referem os €600.000,00?
- Na rubrica 09.01.01 – Venda de terrenos / Sociedades e quase - sociedades não financeiras, a que se referem os €400.000,00?
- Na rubrica 09.03.01 – Venda de edifícios / Sociedades e quase – sociedades não financeiras, a que se referem os €750.000,00?
- Na rubrica 10.03.07.01 – Receitas FEDER, o valor está empolado na medida em que alguns do projectos com identificação de “co-financiado”, não o vão ser.
- Na rubrica 13.01.99 – Outras, o valor está inflacionado em mais de €850.000,00 em relação ao resultado conseguido no ano de 2009. A que se deve?
Declaração de Voto:

A presente declaração de voto traduz o meu entendimento simultâneo, relativo aos dois pontos anteriores, na medida em que o PPI e o GOP, cruzam e correlacionam-se.
Para justificar o meu voto contra no GOP (Grandes Opções do Plano) e agora no PPI (Plano Plurianual de Investimentos) para o ano de 2011;
- começo por socorrer-me dos documentos equivalentes relativos ao ano de 2009, já ultimados, para referir em síntese que dum Orçamento inicialmente previsto no valor de €21.331.200,00 só foram realizados €12.627.764,00, o que quer representa um desvio de 40% menos.
- Ainda sobre o Orçamento de 2009, que em transferências do Estado para o Município, relacionadas com os Fundos de Equilíbrio Financeiro, em corrente e capital, estejam próximas dos valores previstos para 2011 ( embora em 2009 se tenham recebido mais €262.189,00 do que se receberá em 2011), é difícil compreender que o Orçamento para 2011 atinja os €17.907.889,00. Logo à partida o Orçamento para 2011 está, comparativamente aos resultados financeiros de 2009, inflacionado em cerca de cinco milhões de Euros, valor este altamente preocupante, porque parte dele, poderá traduzir-se em agravamento da dívida, durante o ano de 2011.
Fica a nítida sensação que os documentos GOP e PPI, foram pouco estudados e não foram tidos os devidos cuidados que se imporiam no actual conjuntura de crise.
São provas disso, valores errados e outras inúmeras situações, das que destaco as seguintes;
- a inclusão desmedida de investimentos sem co-financiamento garantido,
- a imprecisão na avaliação do investimento na Cerâmica, ignorando os valores dos contratos e dos trabalhos a mais e dos erros e omissões.
- É injustificável prever unicamente um investimento de €10.000,00 para a requalificação do Sub-Paço, quando o empreiteiro impôs acção judicial contra a Câmara afim de ser ressarcida do montante em dívida num valor para mais de €100.000,00, para além de eventual agravamento sobre o investimento, caso a Câmara não consiga aprovar nos fundos comunitários, a reprogramação da candidatura, por não ter sido realizado o investimento na margem direita da Ribeira de Folques e poder daí incorrer na devolução de verbas então recebidas ou seja, ser obrigada á reposição de co-financiamento já recebido, cujo valor é bastante significativo.
- Inscrever apenas €15.000,00 para equipar e apetrechar a nova escola EB1 de Arganil é por demais insuficiente e irrisório.
- Afectar no ano de 2011 €5.000,00, para a requalificação do Teatro Alves Coelho é sinónimo que nada de nada, vai ser feito em 2011, o que entra em contradição com a afirmação do senhor Presidente que a candidatura aos fundos comunitários referentes a este projecto já se encontra aprovada, no âmbito do CIMPIN.

Do exposto ressalta estarmos perante um Documento e um Orçamento que em vez de proteger o Concelho e os que cá vivem, continuará a precipitar o Concelho no abismo, numa queda galopante e sem perspectiva de retorno.

O sintoma do que está a acontecer no presente já era evidente no mandato anterior, quando no desfile “pavoneado” da transparência, do rigor, da capacidade financeira no investimento e nos pagamentos a 30 dias, etc., etc., redundou, ao fim de 4 anos de executivo, na necessidade de contracção de um novo empréstimo de 4,1 milhões de euros que já lá vai.
Se a situação no final de 2009 era grave, hoje é assustadoramente pior. Quero crer que a manter-se esta politica orçamental preconizada para 2011, facilmente chegaremos ao final de 2011, com mais de 3,4 milhões de euros de divida a acrescentar á existente, mas com a significativa diferença, da impossibilidade do Município poder recorrer na novos empréstimos para saneamento financeiro até ao ano de 2022.
Rui Silva

REQUALIFICAÇÃO DA EB1 - ARGANIL

INTERVENÇÃO NA REUNIÃO DE CÂMARA DE 07.12.2010


- Cap. VI, Ponto 1º - Requalificação da EB1 de Arganil / Aprovação de contrato adicional.
É meu entendimento que este ponto não pode ser votado nesta reunião conforme é proposto, pela simples razão que o contrato adicional se submete a uma deliberação que não está correcta e que importa rectificar previamente.

Do exposto sou a propor que seja primeiramente revogada a deliberação da reunião de 1 de Setembro de 2010, corrigindo os trabalhos a mais de €10.936,41 para €17.562,67, mantendo-se os erros e omissões em €1.711,77 e que sejam anexados os quadros da demonstração financeira bem como nota justificativa.
- Cap. VI, Ponto 2º - Requalificação da EB1 de Arganil / Aprovação de Pedido de Prorrogação de Prazo.
Perante os factos que instruem o presente processo, sem que haja um esclarecimento lógico e perceptível sobre todas as envolventes desta situação, o referido pedido de prorrogação não merece e nem reúne condições para ser votado, quer afirmativamente quer negativamente.
Então vejamos:
O empreiteiro invoca 15 argumentos que o condicionaram na normal execução da obra, os quais justificam, no seu entender, a prorrogação do prazo para mais dois meses, protelando para o final de Maio de 2011 a conclusão da obra.
Todavia, no mesmo pedido de prorrogação e no último parágrafo, o empreiteiro admite a possibilidade de antecipar um mês a conclusão da obra, a pedido especial do senhor Presidente da Câmara, antecipando a data de conclusão para final de Fevereiro, ressalvando nesta sua obrigação uma outra, da Câmara, no desbloqueamento de todos os pendentes e outros que venham a surgir.
Desse desbloqueamento constam vários trabalhos a mais e erros e omissões.
A fiscalização contratada pela Câmara não responde e não se refere às questões levantadas pelo empreiteiro, o que penso não ter explicação.
A empreitada foi adjudicada pelo valor aproximado de €1.756.759,00 para um prazo de execução de 12 meses. Já decorreram até à data 7 meses o que pressupõe uma execução em obra no valor aproximado de €1.000.000,00. Todavia, a obra facturada até à data e que consta dos respectivos autos de medição, o último aprovado em reunião de Câmara de 2/Nov/2010, totalizam €234.266,00, confirmando-se deste modo um atraso na obra de 4,5 meses, isto é, estão realizados 13,5% de obra quando deveriam estar cerca de 60%.
Todo este processo reúne contornos invulgares que a protelarem-se no tempo irão certamente acarretar prejuízos financeiros avultados para o município, bem como, e certamente o mais preocupante, prejudicar enormemente o universo estudantil a que se destina esta infra-estrutura, que são as crianças.
A semelhança do que foi proposto pelo senhor Presidente para a obra do Sub-Paço, já na fase terminal, seria de todo conveniente, já nesta fase, com alguma antecedência, promover-se a elaboração de uma auditoria.
É esta a minha proposta, não haver decisão sobre a prorrogação e promover-se de imediato a elaboração de uma auditoria.
Todavia impõe-se-me fazer o seguinte comentário:
Na reunião do executivo datada de 14 de Abril de 2010, sob o tema Requalificação da EB1 de Arganil;
o Senhor Presidente explicou que “quando foi elaborado o Plano Plurianual de Investimentos a nossa expectativa era que toda a obra decorresse em 2010 e essa expectativa ainda se mantém mas, provavelmente, haverá alguns pagamentos que já serão feitos em 2011…” sic.
Interveio o Senhor Vereador Luis Paulo Costa, dizendo que “tendo em consideração o prazo de realização da empreitada – que é de 12 meses – e atendendo à tramitação própria do processo (Autos de Medição mensais, aprovação dos Autos, emissão de factura) torna-se evidente que parte da despesa ocorrerá em 2011. Assim, existiam duas alternativas; uma delas era mexer no Orçamento, particularmente no Plano Plurianual, uma vez que estamos com uma obra que tem um decurso físico que é em 2010, mas tem uma execução financeira que é em 2010 e 2011…” sic.
Como vê senhor Presidente, a obra vai prolongar-se pelo ano de 2011, é como diz o ditado, nem tudo o que luz é ouro.
Caso o senhor presidente persista na votação sou de me retirar da reunião, para não votar, com justificação assente nos pressupostos anteriormente referidos.
Rui Silva

10.11.10

PROBLEMAS NA OBRA DO SUB-PAÇO

Assuntos para a reunião nº 25/2010 de 9 de Novembro (Extraordinária)

Intervenção para a reunião extraordinária de 9 de Novembro

Ponto Primeiro do Capítulo Primeiro (Diversos) – Auditoria Técnica à Empreitada do Parque Verde Urbano do Sub-Paço / Apreciação

No seguimento da exposição que proferi na reunião anterior, a apreciação volta-se para o documento da Auditoria Técnica, para sintetizando, referir:

- Ser, por demais “violento”, a dimensão das falhas, das incorrecções, das indefinições, das imprecisões, etc., identificadas pelo grupo de trabalho relativamente aos projectos, à execução das obras e ao exercício da fiscalização, o que leva a admitir haver um certo exagero na apreciação ou como é comum dizer-se na gíria ” é demasiado mau para ser verdade”.
Pelo que e porque o processo de confirmação dos autos esteve suspenso desde Janeiro de 2010;
Devemos também ter acesso, ao relatório ou relatórios de defesa ou de justificação, das entidades atingidas; projectistas, fiscais e empreiteiro, que desde já os solicito.

- Sem me querer alongar em considerandos e juízos de valor, relativamente ao que está escrito, ressalta que a obra não correu nada bem, tendo ficado aquém do sofrível, pelo que se impõe encontrar uma solução urgente e que a culpa não morra solteira.

- Todavia, existe uma referência desfavorável em relação à cafetaria e ao multiusos, com as afirmações “ Também existem problemas de forças de desvio nas armaduras horizontais das paredes… A confirmarem-se os pressupostos, a própria segurança das estruturas poderá estar em perigo” sic. Enquanto não houver nada em contrário, tais afirmações são suficientes para colocar em causa o concurso para a utilização e exploração da cafetaria que está a decorrer e até a própria utilização das instalações sanitárias.

- O estudo também peca por defeito, porquanto, por inúmeras vezes é feita a referência “Não é possível confirmar em obra a quantidade executada deste tipo de trabalho”, sic.,

Talvez fosse mais fácil e melhor resultaria para o objectivo final, que a auditoria tivesse pegado integralmente na obra, distinguisse o que era obra da margem direita, obra da margem esquerda e obra comum e produzisse a totalidade das medições por cada parte, ressalvando a obra executada que foi para além do contratualizado, classificando a qualidade de cada trabalho em três níveis, mau, medíocre e correcto.

Quanto a mim, com um trabalho esquematizado desta forma era mais fácil chegar a conclusões e encontrar soluções.

Quanto ao trabalho a que se refere o Relatório, elaborado pelo senhor engenheiro Ricardo Dias, é um decalque de tudo que corresponde ao processo corrente da obra e vem reafirmar, em parte, o que já foi dito na Auditoria e em algumas das situações não coincide com a Auditoria.
Existe um outro aspecto no Relatório que é a introdução de um novo auto de medição, nº 8/A, sem que se encontre a justificação, do que há a acrescentar à Auditoria.
O texto escrito, introdutório ao Relatório, aponta para erros e deficiências gravíssimas, cujo tratamento impõe, á partida, tratamento específico e que o senhor Presidente deve participar ao Ministério Público, conforme referi anteriormente.

Pela leitura do relatório confirma-se que o senhor engenheiro Ricardo Dias possui um conhecimento razoável da obra e naturalmente, como funcionário da Câmara, terá nela estado presente por várias vezes e terá tido contacto com algumas das situações que identificou no Relatório e que são, conforme descreve e comprova, muito graves. Neste caso teria sido positivo para o processo que o senhor engenheiro Ricardo Dias, tivesse alertado, em tempo útil, o senhor Presidente, sobre o assunto.

Parece linear que esta situação;
1- Pejada de problemas técnicos e legais,
2- Associada ao processo que está a decorrer contra a Câmara movido pelo empreiteiro, tal como o senhor presidente o referiu na reunião anterior,
3- Agravada pela existência de dois trabalhos que não se correspondem totalmente, Auditoria e Relatório,
Só poderá ser ultrapassada quando todos os intervenientes (Projectistas, Fiscalização, Empreiteiro, Universidade de Coimbra e Dono da Obra) dialogarem numa base de entendimento e concertação, caso contrário o município pode vir a ser altamente prejudicado nas receitas de comparticipação de Fundos Comunitários, deixando de receber o que falta, podendo vir a ter que devolver os já recebidos e em caso extremo, serem-lhe cancelados todos os outros financiamentos de projectos já co-financiados, neste e noutros programas, ou em vias disso.

A acrescentar ao actual cenário negro da recessão, estamos à beira da realização do Plano para 2011, com cortes sensíveis na receita e a manter-se a indefinição sobre esta situação, poderá traduzir-se no descalabro financeiro.

Pontos Primeiro, Segundo e terceiro do Capítulo Quarto - Requalificação do Sub-Paço, Arganil / Autos de medição nº 7, nº8-A (trabalhos contratuais) e nº1 de Trabalhos a Mais - Proposta de aprovação dos respectivos autos.

Desde logo ressalta o facto da referida empreitada ter duas descrições diferentes, a Auditoria e Relatório exercem-se ao Parque Verde Urbano do Sub-Paço enquanto os autos de medição, que estão interligados, referem-se á Requalificação do Sub-Paço, Arganil.

Também é-me legitimo considerar que o presente auto, suspenso desde Novembro de 2009, é agora presente a reunião, algo pressionado pelo processo que decorre na justiça, movido pelo empreiteiro contra a Câmara.

O auto de medição nº 7, com data de 31 de Agosto de 2009, retirado da discussão e votação na reunião nº 23/2009 de 3 de Novembro por proposta do senhor Presidente, com o argumento de reapreciação, não tendo produzido efeitos até à data, coincide com o agora presente, volvido um ano.
De tais factos, sobre a suspensão do auto e sinalização de deficiências, deve ter sido dado conhecimento ao empreiteiro, para análise e contestação, sobre o que nada me foi dado a conhecer.
Vem-se a constatar que em sede de apreciação dos trabalhos realizados em obra, identificados na Auditoria e correspondente Relatório, o auto nº7 apresenta deficiências, não estando conforme, pelo que é meu entendimento não reunir condições para a sua aprovação, por isso o meu voto contra.

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Fazem parte da documentação que instrui o Relatório, dois autos diferentes no conteúdo e data, mas coincidentes na identificação, nº 8/A.
O auto de medição nº 8/A, datado de 23 de Novembro de 2009, no valor de €(-)159.481,96 c/IVA, que nunca tinha sido presente em reunião do executivo, é incompreensivelmente (porque não tem que o ser), substituído por outro auto nº 8/A, datado de 18 de Agosto de 2010, no valor de € (-)191.611,28 c/IVA, igualmente do desconhecimento do executivo.
Não tem qualquer sentido haver dois autos com a mesma identificação, nº 8/A, com quantidades diferentes e com valores diferentes, como se não houvesse a possibilidade do nº 8/B ou do nº 9.
Mesmo assim, este auto, referente a trabalhos a mais e a menos (de trabalhos contratuais) não se encontra devidamente justificado e informado e não cumpre na sua apreciação, o preceituado no artº 71º da Lei 169/99.
Quer-me parecer que o presente auto pretende ser o “ajuste de contas” da empreitada até então realizada, mas que difere no resultado final de vários artigos, entre a proposta inicial da fiscalização da Câmara, uma segunda proposta dos serviços da Câmara e uma outra proposta, dos autores da Auditoria.
O que será correcto é apresentar um auto de trabalhos a mais e outro auto de trabalhos a menos, integrados no volume de obra previsto para a margem esquerda da Ribeira de Folques, para se aferir de forma concreta as quantidades a mais e a menos que aconteceram.
Mais refiro que não me é possível identificar devidamente, o ou os autores pela elaboração do presente auto, versão 18 de Agosto de 2010.
Pelas razões expressas voto contra.

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O auto de medições de Trabalhos a Mais nº 1, com data de 27 de Janeiro de 2010 e no valor de € 67.662,46 s/ IVA, presente na reunião de hoje para aprovação, difere, em quantidades e valor, do contrato adicional aprovado pela Maioria PSD na reunião nº 1/2010 de 5 de Janeiro, com data de 27 de Outubro de 2009 e no valor de € 76.965,94 s/ IVA.

O prazo que medeia o contrato adicional e o auto de medição nº 1, é de precisamente 3 meses, sendo a diferença em valor, no montante de cerca de €9.300,00.
Esta diferença em valor resulta essencialmente de uma avaliação deficiente da área de aplicação da relva de tapete, em 2.287,00 m2 a menos do previsto no contrato adicional, área esta de valor bem expressivo. Sobre a substituição da relva de sementeira, prevista no projecto, por relva de tapete, foi contestada na Auditoria, quanto ao acréscimo do “preço ter mais que duplicado e situar-se bastante acima dos preços de mercado” SIC.

Cumpre alertar que, tanto o Contrato Adicional como o Auto de Medição nº1 de Trabalhos a Mais, têm datas posteriores à aplicação integral da relva, que já se encontrava colocada no período em que decorreu a Feira do Mont’Alto / Ficabeira, 6, 7 e 8 de Setembro de 2009, antes também das eleições de 11 de Outubro de 2009.

Atendendo a que estes trabalhos a mais, não são os únicos nesta empreitada, conforme atesta a Auditoria e conforme informa o autor do Relatório na conclusão, que “os trabalhos a mais ultrapassam o limite máximo estabelecido no Dec Lei 59/99 de 2 de Março” SIC., identificando o caso como ilegal, entendo não estarem reunidas as condições para a sua aprovação, por isso o meu voto contra.



Rui Silva

4.11.10

TAXAS, SUB-PAÇO E RELVINHA

Reunião de Câmara nº 24/2010 de 2 de Novembro


Período de Antes da Ordem do Dia


Em resposta à minha exposição titulada de “Aplicação de um Preço e Duas Novas Taxas, inseridas na factura da Água” (Reunião 20 de 1 de Setembro), foi-me entregue em reunião, cópia da informação nº I/DAGF/955/2010, de que é autora a Técnica Superior, Drª. Inês Alexandra Coelho Anjos, datada de 8 de Setembro de 2010, por despacho do senhor Presidente datado de 13 de Setembro de 2010, relacionada com a aplicabilidade do Regulamento do Serviço de Distribuição / Abastecimento de Águas e Sistema de Saneamento de Águas Residuais do Município de Arganil.

Nessa minha exposição assumo, culpa minha, não ter, ao tempo, levantado estas questões, ao que referi “o que está feito está feito” e contra isso, a única coisa a fazer-se será, no meu entendimento, caso se venha a confirmar haver necessidade de rectificação, que se proceda às rectificações no sentido de tudo ficar correcto. Embora a Câmara, a Assembleia Municipal e a fase de inquérito público tenham decorrido e aprovado, não é forçosamente obrigatório aceitar-se o errado por certo. Até as Leis são corrigidas quando necessário.

Nessa exposição levantei questões de falta de articulação entre a descrição e justificação dos termos na factura da água e os Regulamentos Municipais, respectivos, coloquei também em dúvida a legitimidade da Câmara facturar essas despesas a partir de 13 de Maio, nomeadamente em Abril e parte de Maio, e por fim, o impedimento da câmara poder facturar a construção do ramal domiciliário até 20 metros de comprimento de ramal, por força das recomendações do IRAR nº 01/2009.

Em relação ao primeiro caso, a razão da minha discordância e que não encontro resposta na informação nº I/DAGF/955/2010, relaciona-se com a introdução de um Preço e duas taxas que não têm correspondência, no todo ou em parte, com os regulamentos, por exemplo; qual o nº do artigo do Regulamento que corresponde à descrição e aplicação da Taxa de Recursos Hídricos Águas de Abastecimento?

No segundo caso, a informação nº I/DAGF/955/2010, não responde por não se incluir nas suas atribuições, mantendo-se a dúvida, ainda por esclarecer, se as receitas cobradas nas facturas referentes aos períodos de Abril e de parte de Maio, correspondem, ou não, a cobrança retroactiva?

Em relação ao terceiro caso, aceito e reconheço a razões invocadas pela técnica Superior, Drª Inês Anjos, quanto ao enquadramento legal na construção do ramal e respectiva despesa a ser facturada aos beneficiários, ficando ao critério da autarquia decidir. Todavia, os Regulamentos Municipais foram estruturados e concebidos tendo, também, por orientação a referida recomendação, que propõe a inclusão da construção do ramal até 20 metros no Preço pela Construção, Conservação e Manutenção dos Sistemas de Água. O Regulamento Municipal neste ponto, não segue a orientação proposta naquela recomendação, facturando, à parte o custo dos ramais, pelo que o termo Construção, deverá ser retirado da identificação do referido Preço.

Questionar o Senhor Presidente se já existe uma data prevista para inclusão na ordem de trabalhos do tema da ADEPTOLIVA / EPTOLIVA, instruído de forma a possibilitar a sua avaliação.

Peço ao senhor Presidente que me esclareça qual o tipo de compromisso, acordo ou contrato, que liga a Câmara Municipal à empresa Aquinos, no que se refere à ocupação do R/C do pavilhão de Vale de Zebras?

Nas proximidades das instalações da Zona Agrária de Arganil, mais conhecida por “florestal”, precisamente desse lado, existe uma descontinuidade do passeio, de montante para jusante que urge resolver.

Venho clamar ao senhor Presidente que encaminhe os serviços camarários para a execução do referido troço de passeio, com vista a minimizar os incómodos na circulação pedonal, especialmente, para aqueles residentes que possuem dificuldade em movimentarem-se e que são obrigados a transporem o local, invadindo a faixa de rodagem, que no local é manifestamente perigoso, por razões de visibilidade reduzida.

Período da Ordem do Dia

Ponto Segundo do Capítulo Segundo (diversos) – Abertura de Concurso Público para Utilização e Exploração de Cafetaria e Velocípedes no Sub-Paço / Apreciação e votação

VOTO CONTRA

Justifico este voto contra por ainda não estar esclarecido quanto à legalidade ou ilegalidade processual, na construção da Cafetaria em área de REN (Reserva Ecológica Nacional), isto é, na faixa de protecção da margem da Ribeira de Folques que compreende o corredor de 10 metros de largo ao longo da margem.

Ponto Quarto do Capítulo Segundo (Diversos) – Auditoria Técnica à Empreitada do Parque Verde Urbano do Sub-Paço / Apreciação

Na reunião nº 23/2009 de 3 de Novembro o Presidente propõe transferência para reunião seguinte, o auto de medição nº 7, com data de 31 de Agosto de 2009 e valor de € 135.514,06 c/ IVA.

Na reunião nº 1/2010 de 5 de Janeiro o presidente identifica anomalias na obra e dúvidas quanto à sua proveniência, se do projectista, se do empreiteiro ou se da fiscalização.
Tal facto despoletou encomendar ao instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Ciências da Construção, da Universidade de Coimbra a realização de uma auditoria, bem como, suspender de imediato todos os pagamentos ao empreiteiro até que a situação esteja esclarecida.
Nessa mesma reunião de 5 de Janeiro de 2010 é aprovado pela maioria PSD, a Minuta de Contrato Adicional, no valor de € 76.965,94 S/ IVA (sobre o qual, hoje, o senhor Presidente acaba por informar não estar correcto e vir a corresponder ao auto nº 1 de Trabalhos a Mais a ser presente na próxima reunião, extraordinária), referente a trabalhos a mais, a saber; rede de esgotos € 10.201,06, substituição de relva de sementeira por relva de tapete € 39.676,88, reforço do pavimento da alameda € 21.075,00 e colocação de postes de vedação em madeira € 6.013,00.

Desde a reunião com data de 5 de Janeiro de 2010, data da suspensão dos pagamentos por conta da empreitada e até hoje, de nada foi dado conhecimento em concreto.

Para a reunião de hoje é presente o processo de Auditoria Técnica à Empreitada, da autoria do ITeCons da U.C., constituída por 134 páginas, datado de 31 de Março de 2010, acompanhado de relatório relativo à empreitada, da autoria do Eng Ricardo Dias, funcionário da Autarquia, constituído por 74 páginas, datado de 31 de Agosto de 2010.

De todos os assuntos presentes na reunião, este foi aquele que, quer pela sua extensão, quer pela sua complexidade, associados ao tempo útil disponível, não me permite fazer a sua apreciação global, a expressar em acta de Câmara, isto é, deparo-me, de momento, com algumas dúvidas e algumas contrariedades que impõem redobrada atenção.

Atendendo que só me foi possível ler com atenção a introdução do relatório, sou de solicitar e propor ao senhor Presidente, dado a equidade e complexidade do assunto, o adiamento deste ponto para a próxima reunião.

Todavia, pela leitura das páginas 1 a 4 do relatório, fico sem perceber como é que um relatório que aponta tão graves "deficiências", estando a Auditoria pronta desde final de Março e o relatório pronto desde final de Agosto, só é enviado a esta reunião? Não percebo tal morosidade, quando por várias vezes, em reunião, o solicitei.

Apontando o relatório falhas consideradas graves por parte do técnico que acompanhou as obras, engº João Martins, porque é que de imediato não foi levantado processo de inquérito ou mesmo disciplinar, uma vez que se sabe que, quem praticou os factos foi o referido trabalhador da Autarquia, tal como foi feito em caso similar para outro trabalhador, por exemplo engº Rui Reis? Estaremos perante dualidade de critérios?

Havendo no mínimo prestação de falsas declarações perante um organismo público, porque é que não foi feita a imediata participação criminal ao Ministério Público? É que resulta do relatório graves e sérios indícios de comportamento doloso (do ponto de vista de Infracção criminal, designadamente, quanto é feito um auto de medição a que não corresponde quaisquer trabalhos efectuados pelo empreiteiro) do trabalhador perante a sua entidade patronal. Veja-se quanto ao procedimento disciplinar a Lei 58/2008, de 9 de Setembro, nomeadamente o artigo 8º (que obriga à participação ao Ministério Público).

Outra questão relaciona-se com a aplicação do Código dos Contratos Públicos (CCP), quanto aos erros e omissões ao projecto, que a não serem cumpridos, tem consequências gravosas quer para o projectista, quer para o empreiteiro, quer mesmo para o dono da obra? Veja-se o artigo 378º do CCP, quanto a erros e omissões.

Foi proposto e aceite a transferência deste ponto e autos para uma próxima reunião, extraordinária, a decorrer a 9 de Novembro de 2010.

Pontos Primeiro e Segundo do Capítulo Quarto - Requalificação do Sub-Paço, Arganil / Autos de medição nº 7 e nº8-A (trabalhos contratuais), Proposta de aprovação dos respectivos autos.

Transferidos para uma próxima reunião, extraordinária, a decorrer a 9 de Novembro de 2010.

Ponto Primeiro do Capítulo Quinto (Projectos de iniciativa da Câmara) – Alteração ao Loteamento da Zona Industrial da Relvinha Oeste

Na reunião nº 22/2010 de 6 de Outubro veio à discussão e votação o Projecto de alteração ao loteamento da Zona Industrial da Relvinha Oeste, sobre o qual votei contra e ao que justifiquei sobre a razão de tal procedimento, através de declaração de voto.

Nessa reunião lembro-me que o senhor Presidente interpretou, intencionalmente, de forma errada, que eu estaria em desfavor da implantação de novas industrias no Concelho. Sobre tal afirmação ripostei e a título pessoal tenho a referir-lhe que não lhe ficam bem esses sentimentos, para quem já demonstrou o contrário..

Vem-se agora a comprovar que a referida alteração do loteamento foi extemporânea, pelo que ter-se-á que propor a anulação da deliberação anterior e a aprovação da proposta actual.

A ordem de trabalhos nada disto prevê, bem como, devem ser analisados as possíveis implicações imediatas que tal aprovação determinou, já que, conforme se comprova pela análise dos documentos facultados, serem diferentes da anterior versão.

O projecto de loteamento peca por defeito;

Por exemplo:
- não existe uma planta parcelar com a identificação dos terrenos e respectivos proprietários, bem como, registo titular, uno, da globalidade da área em causa, incluindo o acesso, com registo da Conservatória, sobre o qual se exerce a operação de loteamento.
- O acesso á zona industrial a partir do lote 1 até á EN 342-4 (traçado antigo) não integra a presente proposta de loteamento.
- A proposta de loteamento nada refere sobre as áreas excedentes aos lotes (sua identificação e destino).
- Não é definido o destino da área de equipamento “a que se poderá destinar?”.
- Não é apresentado um extracto do PDM que confirme a integração desta área no objecto industrial, sob pena de haver necessidade de se implementar um Plano de Pormenor.
- Não é definida a área de protecção envolvente.
- Embora o senhor Presidente tenha tentado esclarecer que a aquisição dos terrenos ainda estava a decorrer, a verdade é que os terrenos agora delimitados na proposta de loteamento, como terrenos, possivelmente, pertencentes à Autarquia, parece-me não coincidem com a delimitação dos terrenos apresentados na proposta anterior, já aprovada em reunião de 6 de Outubro.
Disto quero ser mais esclarecido.

Mais se constata que a proposta ora presente difere da anterior, aprovada em reunião de 6 de Outubro de 2010, no nº de lotes, prevendo-se agora dois, quando a anterior previa três lotes.

Do exposto proponho que este ponto seja retirado da Ordem de Trabalhos, por manifesta Ilegalidade ou irregularidade e que o projecto seja revisto, vindo a integrar todos os elementos necessários e obrigatórios para aprovação e venha a ser reapreciado em futura reunião.

Mais proponho que, atendendo à identificação desta situação, seja deliberado a anulação de aprovação respectiva na reunião de 6 de Outubro.

Não foi aceite a proposta de adiamento.

Votei contra a alteração do loteamento

Rui Silva

22.9.10

TAXAS de IMI para 2011 - Intervenção na Reunião de 21 de Setembro de 2010


No período da Ordem do Dia da Ordem de Trabalhos, foi agendado um ponto, para decisão, referente às taxas do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) a aplicar no ano económico de 2011.

Não sendo de estranhar, a bancada da maioria PSD reitera a proposta apresentada no ano anterior, mantendo os valores de 0,7 para os prédios urbanos e de 0,4 para os prédios urbanos avaliados, nos termos do CIMI e que é aprovada por maioria.
O Vereador do PS, Miguel Ventura apresenta uma proposta diferente, de redução das taxas para 0,65 e 0,35, respectivamente.
Antevendo este desenlace, tomei a posição de reafirmar a importância de procurar aliviar a carga fiscal sobre os cidadãos, como uma decisão que ajudaria a responder às suas actuais dificuldades.

Neste contexto, a minha intervenção na Reunião de Câmara foi a que a seguir transcrevo:

Sem pretender repetir os argumentos que foram presentes na reunião de 17 de Novembro de 2009, sobre uma proposta de redução das taxas do IMI para o ano económico de 2010, sou de manter a mesma postura, como sinal de solidariedade para com as famílias que na grande maioria passam por momentos menos bons economicamente, e porque as perspectivas de melhoria num futuro próximo não são favoráveis.
Só lamento que um ano passado e reconhecidas as dificuldades dos munícipes, se tenha mantido uma política de autentico descontrolo financeiro, com necessidade de recurso a dois empréstimos de valor global superior a dez milhões de euros e isto em pouco mais de quatro anos.
Só por ter quase a certeza que o que está a acontecer é derivado de uma falha de rigor, de racionalização de meios e de conhecimento político-económico, atrevo-me a apresentar uma contra proposta que basicamente e de forma sintética passa pela redução dos actuais 0.7 para 0.6 e de 0.4 para 0.3, respectivamente; prédios urbanos e prédios urbanos avaliados, nos termos do CIMI.
Rui Silva

13.8.10

Reacção à proposta de expulsão de militantes do PS Arganil.

A notícia vinda a público veiculando a expulsão de militantes do PS, nomeadamente 10 em Arganil, pelo facto de terem integrado uma lista de Independentes “liderada por Rui Silva”, concorrente às últimas Autárquicas, impele-me para os seguintes considerandos:

1- Lamentar o facto de a notícia vir a público sem que os visados, pelo menos assim o manifestaram, terem tomado conhecimento antecipado do seu teor.

2- Desde já, subscrevo as afirmações do meu caro amigo Mário Vale “Se o Partido me quiser expulsar que me expulse”. Na certeza porém que continuarei a ser o que sou, com a mesma conduta que sempre tive e a defender sempre os mesmos ideais, e a haver expulsão, nada perderei. Já não direi do Partido, não sendo por mim, mas por todos aqueles militantes que subscreveram a candidatura de independentes, porque sem eles, e nisso tenho toda a certeza, quem ficará a perder, e bastante, será o próprio Partido.

3- Também para informar que todos quantos perfilam na candidatura dos independentes, militantes ou não, fizeram-no livremente e com alma e coração abertos, no real propósito de contribuírem para o engrandecimento do Concelho e do País. A candidatura independente foi a primeira a apresentar-se concorrente às eleições, ainda o PS não tinha candidato e nem sabia quem apresentar, tendo, algumas vozes chegado a admitir apoiar a candidatura independente. Só após um ciclo de avanços e recuos relativamente a três candidatos possíveis, conseguiram decidir-se mas muito tardiamente. Perante este cenário, é razão suficiente para se afirmar que foi o PS que avançou contra a lista dos independentes e não o contrário.

4- Uma outra nota que não escapa à minha análise, é a tentativa do, “Toca e Foge”, dos senhores Victor Baptista e Eugénio Frois, respectivamente, Presidente da Federação de Coimbra e anterior Presidente da Comissão Política Concelhia com a afirmação de que “… não tiveram intervenção nenhuma no processo”, quando, de facto, o processo foi iniciado e desencadeado pelos visados.

5- Sou ainda de estranhar a situação deste processo, porquanto fui conhecedor dos termos da candidatura do actual presidente da Comissão Politica Concelhia, a apelar à unidade e reagrupamento dos militantes em torno do Partido, fazendo prova disso, convidar, com conhecimento de causa, a integrar a sua lista para a Concelhia, quatro elementos candidatos na lista de independentes às Autárquicas, que a ser assim, terão de ser substituídos por motivo de expulsão.

6- Também não estou em notar positivamente a tal atitude de expulsão de militantes, porquanto é o próprio partido, em períodos pré eleitorais, a aliciar e integrar nas suas listas, para qualquer acto eleitoral, elementos militantes de outras forças políticas.

7- Finalmente, atendendo à razão estatutária do Partido, sou de concordar com o desenvolvimento do processo, todavia, alerto quem de direito no partido, para os inúmeros casos similares, actuais e do passado, muitos deles amplamente conhecidos, que venham a ter o mesmo tratamento, sob pena do Partido perder a credibilidade à custa da incompetência de muitos dos seus militantes. Fica ainda descartada qualquer outra hipótese de substituição de nenhum outro dos militantes do PS que integraram a lista dos independentes, pois não há outro alguém que se encontre a braços com alguma nomeação ou cargo político, empossado pelo Partido.


Rui Silva

Encerramento de Escolas

O encerramento das escolas de Folques, Pomares e Secarias, foi admitido como possível, pelo senhor Presidente, na reunião de Câmara nº 15 de 15 de Junho de 2010.
Dessa intervenção retive a acusação do senhor Presidente, dirigida ao governo de “Medida Cega”, para logo a seguir, na sequência, recuar de mansinho, e vir a admitir dialogar com a Administração Central, no sentido de sensibilizar e pressionar para que tal não se venha a concretizar.
Intervim no sentido de manifestar indignação sobre a utilização da expressão Medida Cega e aplaudi a posição do diálogo.
Mau grado a posição vinculada por um senhor vereador pertencente à maioria PSD, Senhor Luís Paulo, que chega a admitir que possivelmente o diálogo seria infrutífero, classificando a dita indicação de encerramento como “…não podemos dizer que são coisas para negociar porque essa perspectiva seria a perspectiva séria (quererá com isto dizer que o contrário, ou seja, a perspectiva do governo será desonesta), face àquilo que está no Despacho que foi agora recentemente publicado; aquilo que nos foi transmitido por parte da DREC é que é para fazer,…”, sic, página 5 da acta da reunião nº 15 de 15 Junho.
Concluindo, prevaleceu a opção do diálogo e foram salvaguardadas as apreensões manifestadas pelo senhor Presidente, de que resultou a decisão da DREC de não encerrar os referidos estabelecimentos, do que me sinto satisfeito.
Caiem assim por terra o termo Medida Cega e a declaração fatalista de que não há nada a fazer, revelando precipitação do senhor Presidente e um interesse, quiçá politico, por parte do PSD.
Por último, sem pretender comentar um nota de imprensa do PS e um comunicado do PSD, que vieram a público recentemente sobre o caso;
Na qualidade de vereador do Executivo da Câmara, em representação neste Órgão do Movimento Cívico de Cidadãos, Por Arganil, Concelho com Futuro, sem procuração de qualquer outra finalidade que não seja a verdade e o verdadeiro interesse do tema a propósito, ensino e criança, venho enaltecer o bom senso e que aquilo que tiver que ser feito, que seja realmente feito, sem que se esteja à espera de aplausos, porque a finalidade superior do autarca é o cumprimento do seu dever.

Rui Silva

20.7.10

INTERVENÇÃO NA REUNIÃO DA CM ARGANIL DE 6 DE JULHO DE 2010, RELATIVA AO ASSUNTO DA EN342/ER 342

Retomo a matéria da EN 342 - ER 342 que levantei na última reunião e sobre a qual o senhor Presidente assumiu interceder junto das Estradas de Portugal no sentido de serem promovidos "foruns" que dessem a conhecer a situação actual do projecto e suas implicações, dentro do corredor de 400 metros (sobre o qual insidiu o Estudo de Impacte Ambiental e donde resultou a Declaração de Impacte Ambiental).
No entanto pretendo alertar o senhor Presidente que, enquanto se mantiver indefinida a proposta final de projecto, segundo o nº1 do Art. 3º do Decreto Lei nº 13/94 de 15 de Janeiro, a área de servidão non aedificandi abrange 3000 ha, desde o limite do concelho de Góis até Coja. Por exemplo, nada se poderá contruir na povoação do Sarzedo ou em Arganil até o Intermrché, ou na Gândara, ou no Sobreiral, ou no Casal de Frade, ou nas Secarias ou em mais e metade de Coja.
Serve isto para demonstrar o quanto é necessário avançar rapidamente com o projecto, que depois de concluído só afectará 72 ha, sob pena de nesta área dos 3000 ha nada poder ser aprovado ou executado enquanto assim se mantiv er.
Fica por isso ao seu encargo, senhor Presidente da Câmara, tudo fazer para que os munícipes e o concelho só venham a ser prejudicados na proporção do necessário e do minimamente admissível.
Rui Silva

30.5.10

PROPOSTA POR ARGANIL - MOBILIDADE


Em Reunião de Câmara do dia 18.05 o Vereador Rui Silva do Movimento Cívico Por Arganil - Concelho com Futuro apresentou uma proposta de reformulação e reabilitação do trânsito na zona envolvente da Escola EB1, que tem por preocupações basilares:
- a melhoria das condições de transitabilidade e segurança de peões, nomeadamente das crianças utentes do estabelecimento escolar;
- a fluidez de trânsito de e para a serra (Mancelavisa), que neste momento se encontra numa situação de "sem seguimento";
- o ordenamento do trânsito, das paragens, das passadeiras, dos percursos pedonais e do estacionamento global;
A proposta global, desenvolvida para além do esquema apresentado na imagem, foi sugerida para avaliação aos serviços técnicos do Município.
Rui Silva

19.5.10

Reunião de Câmara nº13/2010 - RECURSO

Na reunião nº 13/2010 do passado dia 18 de Maio, no período de Antes da Ordem do Dia insurgi-me quanto à limitação do tempo imposto pelo Presidente da Autarquia de intervenção a 4 minutos e 20 segundos, nos termos que se seguem:

««««Na reunião nº 9/2010 de 6-Abril último fui surpreendido com a atitude do senhor Presidente limitando-me o tempo de intervenção no período de Antes da Ordem do Dia em 4 minutos e 20 segundos.
Precisamente, tive disso conhecimento da forma em como está transcrito em acta atrás mencionada:
“O Senhor Presidente deu a palavra ao Senhor Vereador Rui Silva, recordando-lhe que…( já usou da palavra durante 40 segundos e que ainda tinha mais 3 minutos e 40 segundos, nos termos do Regimento).”(sic)
O actual regimento já está em vigor desde 3 de Novembro de 2009 e só em 6 de Abril de 2010 é que o Presidente adopta o cumprimento “à letra” do regimento, que limita em 30 minutos o período de Antes da Ordem do dia, que dividido por 7 vereadores confere a cada um os tais 4 minutos e 20 segundos.

Quando da aprovação do Regimento insurgi-me contra o estabelecimento de limitação de tempos, pois mais parecia estarmos perante um regulamento do tipo, contra-relógio, o que podia ser prejudicial para os trabalhos e para o apuramento cabal dos assuntos, ao que o senhor Presidente referiu, ao tempo “ …há toda a flexibilidade para poder prolongar a discussão e que a Câmara é soberana nesse aspecto.”.(sic)

Entretanto as reuniões ordinárias do executivo tiveram sempre, até à data de 6 de Abril, a particularidade do uso do tempo necessário à apresentação de temas e posterior debate.
Foi meu procedimento corrente levar para as reuniões temas, alguns dos quais, reconhecidamente incomodativos para o senhor Presidente e para os senhores Vereadores da maioria. E esta afirmação é tão verdade quanto a reacção protagonizada quer pelo senhor Presidente quer pelos senhores Vereadores da maioria, conforme comprovam as actas.

Posso legitimamente concluir que esta mudança de atitude do senhor Presidente em vir agora a limitar o tempo de intervenção, no período de Antes da Ordem do Dia e por isso relativo a matérias fora da Ordem de Trabalhos e naturalmente do desconhecimento dos demais vereadores presentes, traduzindo uma reacção deliberada de impedir ou condicionar o surgimento do contraditório às orientações do poder instalado e também de desrespeito e afectação dos direitos da oposição.

Penso que o senhor Presidente ficou bastante “desfocado” neste quadro e serão os munícipes, que na sua primeira oportunidade possivelmente o farão demonstrar.

Assim, porque o tempo de que disponho, 4 minutos e 20 segundos, é insuficiente para a sua apresentação e pelo cumprimento do Código do Procedimento Administrativo e do Regime jurídico do Funcionamento dos Órgãos das Autarquias Locais e porque não me resta outra alternativa, venho requerer a transcrição em acta da presente reunião de Câmara dos seguintes temas e respectivos textos de desenvolvimento, a saber:
- Praia Fluvial da Peneda Talhada (2 páginas )
- Avaliação dos Funcionários da Autarquia referente ao ano de 2009 ( 1 página )
dos quais entrego exemplar(es) directamente ao senhor Presidente.»»»»

O senhor Presidente, Ricardo Pereira Alves, decidiu não aceitar a transcrição em acta dos temas anteriormente identificados, tendo tomado a atitude displicente de reforçar a sua decisão submetendo-a a votação. Da votação resultou que a pretensão foi rejeitada com 5 votos contra do PSD e uma abstenção do PS. Desse facto solicitei a devolução dos referidos textos.

Depois de consultar a Lei, entendo que neste procedimento foram infringidas regras do foro jurídico, pelo que, quero tornar público que irei recorrer superiormente desta atitude, pelas seguintes razões:

- Os actos de procedimento pelo voto não se enquadram no Período de Antes da Ordem do Dia, pelo que tal não tinha de ser votado e nem a decisão devia ter prevalecido sustentada numa votação irregular.

- Os temas a apresentar, Peneda Talhada e Avaliação de Funcionários, não puderam ser lidos por falta de tempo disponível dentro dos 4 minutos e 20 segundos e porque o senhor Presidente se escusou a abrir essa excepção, quando de facto já o tinha feito em reuniões anteriores.

- Os temas a apresentar são textos de opinião pessoal do vereador Rui Silva, que no âmbito das suas atribuições, sufragadas a 11 de Outubro de 2009, lhe cabem por direito pleno e próprio, sendo que os referidos temas não se destinavam a serem votados mas sim para conhecimento.

Como nota final, pese embora a veleidade dos representantes das outras forças políticas de se auto elegerem donos das regras do “bom comportamento, cívico e moral”, cujo “diploma”, mesmo que existisse, não lhes conferiria direitos de juízo de valor à sua semelhança, para classificarem quem quer que seja. Sou por isso, de veicular a já perceptível constatação de que “ se não és por mim és contra mim”, e que “tudo o que me dizes faz-me perder a calma e tira-me do bom senso”.

Rui Silva

17.5.10

Razões do nosso ORGULHO!

Nos dados recolhidos no site Entidade das Contas/Tribunal Constitucional- (www.tribunalconstitucional.pt/tc/contas.htm), constatamos que a candidatura POR ARGANIL, CONCELHO COM FUTURO foi a que teve o menor orçamento por eleitor, ou seja, A QUE GASTOU MENOS AO ESTADO E POR CONSEGUINTE AO CONTRIBUINTE.
Numa época em que a vida do dia-a-dia está cada vez mais difícil e que por todo o lado se fala de controlo e de contenção de despesas, temos o orgulho nos resultados alcançados e com o montante de dinheiro gasto.
Desta forma, apresentamos aos eleitores de Arganil e ao público em geral, algumas análises elucidativas onde se constata a verdade, expressa na razão inatacável dos números.
Assim, temos:
PPD/PSD - € 95.850,00 (49,2% da totalidade dos gastos)
PS - € 67.308,00 (34% da totalidade dos gastos)
CDU - € 23.450,00 (12 % da totalidade dos gastos)
ACF (INDEPENDENTE) - € 8.200,00 (4,2 % da totalidade dos gastos)
Da análise destes valores é possível concluir que para cada VEREADOR ser eleito, foi necessário o seguinte investimento:
1 VEREADOR ACF (IND.) - € 8.200,00
POR CADA VEREADOR PPD/PSD - € 19.170,00
1 VEREADOR PS - € 67.308,00
No contexto das candidaturas independentes a nível Nacional, a candidatura ACF (independente) posiciona-se entre as cinco com menor orçamento:
ALTER DO CHÃO - 3 600 eleitores (€ 6.564,16)
MARVÃO - 3 800 eleitores (€ 6.591,00)
CASTELO DE VIDE - 4 000 eleitores (€ 6.860,00)
ARGANIL - 12 700 eleitores (€ 8.200,00)
MIRA - 13 000 eleitores (€ 9.150,00)
A análise alargada destes número permite aferir:
- A despesa média por freguesia é em Arganil a mais baixa.
- O custo da campanha por eleitor é:
ALTER DO CHÃO - € 1,82 por eleitor
MARVÃO - € 1,73 por eleitor
CASTELO DE VIDE - € 1,72 por eleitor
ARGANIL - € 0,65 por eleitor
MIRA - € 0,70 por eleitor
- Considerando que os candidatos de Castelo de Vide e de Mira, não foram eleitos, conclui-se que ne relação Eleitores/Eleitos/Investimento, SOMOS A CANDIDATURA COM MELHOR DESEMPENHO A NÍVEL NACIONAL!
Por outro lado, as cinco mais ricas foram:
GONDOMAR NO CORAÇÃO (Valentim Loureiro)- € 375.000,00
OEIRAS MAIS À FRENTE (Isaltino Morais) - € 310.000,00
MATOSINHOS SEMPRE (Narciso Miranda) - € 250.084,00
AGORA SIM COIMBRA (Pina Prata) - € 180.000,00
MIC PELA AMADORA - € 170.000,00
CONCLUSÃO
Como se pode verificar, o custo da campanha por eleitor no que diz respeito a Independentes a nível nacional, a mais económica foi a de Arganil, com um custo de € 0,65. Portanto, em matéria de gastos para o Contribuinte, fomos nós os melhores a poupar em Portugal, pois soubemos optimizar e minimizar os gastos, contrastando com outras candidaturas que dispuseram de verbas deveras onerosas para o cidadão.
Orgulhamo-nos da nossa façanha. Somos modestos mas competentes.
Sabemos ser Oposição digna e defensora da Ética política. Dialogantes com quem também o queira ser.
Acreditamos na valia da Participação pública alargada. Acreditamos na Democracia participada e transparente.
Queremos e sabemos defender os interesses de Arganil e dos seus habitantes.
Continuaremos a lutar por esta Terra, por este Concelho.
Viva o Movimento Cívico de Cidadãos (Candidatura Independente)!
Viva ARGANIL !!!

21.4.10

NOTA INFORMATIVA

Manuel Augusto Simões Rodrigues, na qualidade de Deputado da Assembleia Municipal do Município de Arganil, eleito pela lista do Movimento Cívico de Cidadãos “Por Arganil, Concelho com Futuro”, vem comunicar que apresentou protesto ao Tribunal Constitucional, no seguimento da sua exposição enviada para o Tribunal de Contas, no decurso do Pedido de Empréstimo de 4,1 milhões de euros que a Maioria do PSD pretende obter, conforme deu conhecimento nessa reunião da Assembleia Municipal.

O motivo do protesto remetido ao Tribunal Constitucional decorre de não lhe ter sido entregue atempadamente, conforme foi solicitado ao senhor Presidente da Assembleia Municipal, o documento da Acta da Assembleia Municipal nº 1/2010 de 27-Fev, referente aos pontos nºs 2 e 3 da Ordem do Dia, aprovados “por minuta” na referida reunião, bem como, o comprovativo do envio por parte da Câmara para o Tribunal de Contas, do referido pedido de empréstimo.

18.4.10

PEDIDO DE ESCLARECIMENTOS À I.G.A.L.

Rui Miguel da Silva, na qualidade de Vereador da Câmara Municipal de Arganil, informa que solicitou no início deste mês de Abril, à IGAL - Inspecção Geral da Administração Local, esclarecimento sobre a recusa do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Arganil, para consultar o processo de recolha de assinaturas e rubricas dos funcionários do Município, conforme ordem emanada do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Arganil através da circular informativa nº 3, de 12 de Fevereiro de 2010.

7.4.10

RESPOSTA AO SR. VER. ANTÓNIO CARDOSO

Resposta do Ver Eng. Rui Silva, às insinuações e comentários ofensivos, feitos em reuniões do Executivo.
Na reunião nº6/2010 de 2 de Março, o senhor Vereador António Cardoso fez a seguinte afirmação, dirigindo-se a mim nestes termos:
"O senhor vereador tem aqui, pura e simplesmente, a postura de fazer política e tentar branquear o passado, nada mais lhe interesa neste momento"
Na reunião nº 7/2010 de 16 de março, o senhor Vereador António Cardoso continuou com as suas agressões e acusações:
"... o senhor vereador às vezes, tira-me a calma;... mas muitas vezes tira-me o bom senso;... Afnal qual é o seu papel nesta Câmara?... mas será possível que se esqueça que durante 8 anos amesquinhou, maltratou e apoucou as ideias dos funcionários... só alguns "eleitos" é que podiam subir ao 2º andar... A sua posição aqui tem-me feito lembrar os hoologans infiltrados nas claques de futebol..."
Como curiosidade, socorri-me do Dicionário da Porto Editora Multi-média, onde procurei o significado da palavra BRANQUEAR, sendo este:
"Legalizar fundos de origem fraudulenta ou ilícita"
Considero que fazer política é uma atitude nobre e está a ser feita no local apropriado. Todas as reuniões são políticas, portanto não compreendo o que quererá dizer o senhor vereador António Cardoso quando refere que só faço política.
É conhecida a minha postura política neste órgão, de oposição sim, mas todavia apoiante, concertante e colaborante em decisões que entendo serem justas e benéficas para o Concelho de Arganil e coadunadas com a minha linha de orientação, conforme comprovam as actas do executivo.
também provam as actas do executivo, que não me pertence qualquer iniciativa no sentido de trazer às reuniões temas daquele passado, quando desempenhei o cargo de Presidente da Câmara. Forma precisamente os membros do actual executivo e da maioria, que sempre o fizeram, ora pelo sr. Presidente, ora pelos senhores vereadores Luís Paulo, avelino Pedroso e António Cardoso.
Branquear o passado seria mau para o vereador Rui Silva, pois ganhou duas eleições com votos expressos nas urnas. Voltou agora a ganhar um lugar na vereação por direito próprio. Não me envergonho do meu passado, portato nada tenho a BRANQUEAR.
E por isso estranhei a utilização do termo branquear, usado pelo sr. ver. António Cardoso, a quem peço que o esclareça cabalmente e de forma convincente, para que não restem dúvidas quanto ao verdadeiro sentido que quis aplicar ao termo branquear dirigido directa e pessoalmente ao ver. Rui Silva.
O senhor ver. António Cardoso, também referiu na reunião de 16 de Março, que eu lhe tiro a calma e que apartir de agora fará os possíveis para não responder a provocações sem ética e sem moral. Diga-me por favor, o que entende por provocações sem ética e sem moral, pois parece-me que não saberá bem o conteúdo de tais expressões, já que da minha parte nunca tive esse hábito ou pretensão. Não hà dúvida que o senhor nada sabe dos conteúdos as palavras Ética e Moral inseridas num discurso. parece-me que o Sr. se interessa mais pelos rótulos do que pelos conteúdos o que me leva a perceber a sua demonstrada, termenda confusão e tanta falta de calma. Para mim será um mistério que mais tarde ou mais cedo o senhor desvenderá, estou certo disso.
Caro sr. Vereador, quero confidenciar-lhe que, com a minha idade, já vou ficando sem tempo e sem pachorra para escutar melindres de pessoas que apesar da idade cronológica, ainda se apresentam deveras imaturas.
Rui Silva



19.2.10

Estudo relativo à actual situação financeira e respectivo plano de saneamento financeiro

VOTO CONTRA - DECLARAÇÃO DE VOTO

O documento ora presente é um embuste político/financeiro, sustentado em considerações e parâmetros que escamoteiam a verdade e reflectem uma farsa, no que se refere ao descontrolo financeiro, especialmente, durante estes últimos dois anos, e que a manter-se, conduzirá ao descalabro, num futuro muito próximo.

Seguidamente apresento as justificações que sustentam esta afirmação:

1 – Enquadramento

No ano de 2006 o anterior executivo, sendo Presidente o Senhor Ricardo Pereira Alves e sendo responsável pela pasta financeira o Senhor Vereador Luís Paulo, funções e lugares que detêm no actual executivo, promoveram a contracção de um empréstimo para saneamento financeiro, que foi aprovado, no valor de seis milhões de Euros, €6.000.000,00.
Cumpre-me lembrar que, o pedido deste empréstimo e sua aprovação, obrigatória, pelo Tribunal de Contas, garante que, ao tempo, a situação financeira do município era aceitável e reunia as condições para que o mesmo fosse aprovado, e, pese embora e muito ao PSD admitir, tal facto deveu-se, única e exclusivamente ao “mérito” do anterior executivo, 2002 a 2005.
No final do ano de 2005, com publicação da responsabilidade do actual executivo, a dívida total do Município de Arganil, era de €6.592.604,00 ( ver ponto 3.1), pelo que, o referido empréstimo, terá resolvido, praticamente, a globalidade do “deficit” financeiro, ficando com os encargos de Serviço de Dívida, até ao ano de 2018, conforme quadro anexo, extraído do documento justificativo, deste ponto da Ordem de Trabalhos, página nº 14 de 64.


O actual executivo, ainda nem quatro anos passados, vem propor a contratação de um novo empréstimo de saneamento financeiro, no valor de €4.100.000,00, depois de terem sido saldadas as dívidas em 2006, por empréstimo, e de ter feito gala, publicamente, que estava a cumprir com os pagamentos, em tempo oportuno, e a efectuar um controlo financeiro das contas públicas da Autarquia, dentro dos parâmetros do rigor e da transparência, como tal tivesse sido mérito seu.
Todavia a realidade é bem diferente e muito penosa e direi mesmo catastrófica para a situação financeira do Município que a continuar desta forma conduzirá, num futuro, não muito longínquo, a, eventualmente, ver-se impedido de poder pagar os vencimentos aos seus próprios funcionários.


2 - Apreciação do documento:


2.1 – Valor do pedido de Empréstimo de €4.100.000,00,


O estudo de justificação do pedido de empréstimo para saneamento financeiro, Relatório; baseia-se em dois pressupostos, que terão provocado o desequilíbrio financeiro do Município, para o qual é necessário o presente empréstimo, a saber:


A - Temporais que assolaram o Piódão em cuja DGAL e QCA III se comprometeram a financiar obras, páginas 7 e 8 de 64 e até hoje só foram recebidos €110.000,00;
- Contrato programa pela DGAL, financiado em 50% do investimento global, €764.000,00, ou seja , um co-financiamento de €382.000,00.
- Uma candidatura ao QCA III, financiada em 65% do investimento global, €1.100.000,00, ou seja, um co-financiamento de €717.000,00.
Conclusão:
Destes dois investimentos o Município pode reclamar, caso tenha efectuado a totalidade das obras e enviado os respectivos pedidos de pagamento, o valor dos co-financiamentos aprovados e não liquidados, como sejam novecentos e oitenta e nove mil euros (382.000 + 717.000 – 110.000 = 989.000,00) e não de 2,2 milhões de euros, conforme se pretende demonstrar no relatório.


B – Ampliação da zona industrial da relvinha, cujas despesas foram referentes à aquisição de terrenos e construção de infra-estruturas, não especificando o seu valor, página 8 de 64.
Esta justificação não tem qualquer cabimento, porque não constituiu uma despesa excepcional, pelo menos, da mesma natureza que a do Piódão, resultante de intempéries.
As Grandes Opções do Plano para o ano de 2009, realizado em finais de 2008, já previam uma verba de €500.000,00 para aquisição de terrenos e pelo que sei, em termos de construção de infra-estruturas o investimento não foi assim tão relevante, porquanto o referido documento, GOP, previa, simplesmente, um investimento de €15.000,00.


Conclusão:
A justificação não satisfaz minimamente.


Assim sendo, num pedido de empréstimo de €4.100.000,00, onde plausivamente só se detectam justificados com substância, €989.000,00, é seguramente insuficiente, constituindo, por isso, um embuste e uma farsa financeira.
Deste modo é meu entendimento que a justificação, tal como está apresentada e desde logo, pelo atrás exposto, não respeita o preceito legal, para este tipo de empréstimo, saneamento financeiro, nomeadamente, o nº 2 do art.º 40º da Lei 2/2007 de 15 de Jan.


2.2 – Características do Empréstimo e suas implicações futuras;


Na página 41 de 64 é apresentado um estudo, simulação financeira, que condiciona o empréstimo em três anos de carência, só pagamento de juros, pagável em 12 anos e com liquidações em 10 meses por ano e taxas indexantes previsionais.
Se procedermos à colagem dos valores das prestações referentes ao empréstimo existente e o proposto, teremos as seguintes liquidações anuais:






A ser assim, verifica-se que o empréstimo proposto terá as maiores implicações financeiras a partir do ano de 2014 até ao ano de 2017, isto é, correspondente ao período do próximo mandato Autárquico, que sairá do acto eleitoral a realizar-se no final do ano de 2013.
Esta proposta é no mínimo absurda, desleal, irresponsável e condicionará o desenvolvimento e progresso futuro do Concelho.
Se considerarmos as receitas do Estado, para correntes, na ordem dos €4.200.000,00 e as relacionarmos com a despesa corrente obrigatória, proveniente dos empréstimos, que no ano de 2014 se aproxima de €1.000.000,00 e a somarmos às despesas para vencimentos e afins, que totalizam cerca de €4.200.000,00, perfazendo assim os €5.200.000,00, fica-nos a certeza que estamos perante um cenário de FALÊNCIA ANUNCIADA.

3 – Os desajustamentos e as apreensões, ligados ao pedido de Empréstimo e que reforçam o meu voto de rejeição.

3.1 – Endividamento:

O histórico recente da dívida do município, permite-nos concluir que o endividamento/ano tem crescido ao longo dos anos, em média;
No final de 1993 a dívida da Câmara situava-se nos 765.291.000$00, ou seja €3.826.455,00 (anexo 1), início do Mandato de Dr. Armando Dinis Cosme.
No final de 2005 a dívida da Câmara situava-se nos €6.592.604,21, conforme documento (anexo 2) apresentado pelo executivo liderado por Ricardo Pereira Alves e integrado no Relatório de Gestão, Prestação de Contas de Jan de 1995 a Out de 1995. Habilidosamente, o actual executivo apresenta um outro valor para essa dívida, depois €7.473.881,00, valor incorrecto e viciado da realidade, onde não são considerados os valores das receitas provenientes das despesas financiáveis bem como são considerados valores de despesa contratada e ainda não realizada ou facturada.
Verifica-se assim que a taxa média de crescimento da dívida, durante aqueles doze anos, de Jan 1994 a Dez 2005, foi de 8% ao ano.
Os dados comparativos de crescimento da dívida, no último ano, mais precisamente entre finais de 2008 e de 2009, dados publicitados pelo actual executivo, apresenta uma taxa de crescimento em cerca de 58% ao ano, com uma dívida apurada de €7.000.332,00, que em bom rigor, se não tivessem sido recebidos um donativo da ENERNOVA no valor de €650.000,00 e uma comparticipação pela instalação de um parque eólico no valor de €220.000,00, o valor da dívida seria de €7.870.332,00.
Como se já não bastasse a preocupante taxa de crescimento da dívida em 58% no último ano, que reproduz o total descontrolo financeiro das despesas e dos investimentos, há a considerar ainda, as afectações naturais ao valor da dívida, que a muito curto prazo penalizarão drasticamente as contas do Município e que estou em crer serem estas a razão do pânico que se está a apoderar do actual executivo, as provenientes das adjudicações de uma obra no valor de €6.000.000,00, faseada por três anos e uma outra no valor aproximado de €1.700.000,00, para o presente ano, bem como, a apresentação dos autos de despesa referentes à construção de pavimentos em estradas e arruamentos, abrangendo a quase totalidade do Concelho, trabalhos estes realizados nos últimos meses do ano de 2009, até Outubro passado, cujas despesas ainda não foram presentes em reunião do executivo.

3.2 – A Proposta de Pedido de Empréstimo traduz um acto de desespero:

As regras apregoadas por este executivo, de rigor e da transparência, são inconsequentes no próprio estudo apresentado, porquanto tenta baralhar inúmeros valores integrados em inúmeros quadros síntese, repetindo-os várias vezes e deles extrair a mesma explicação, repetidamente, como a querer segurar uma opinião de grande controlo financeiro, o que não é verdade.
Não são passados quatro anos e a situação é esta;
A evolução financeira, no último ano, não foi própria de trabalho de “economista” mas sim de “despesista”, tendo resultado em total descalabro, chegando mesmo o estudo a referir e, por conseguinte, a admitir que “ A autarquia não possui, actualmente, os meios financeiros necessários à regularização do actual desequilíbrio financeiro ” , página 25 de 64.

4 –Considerações finais:

Constata-se que a Câmara, em termos financeiros, hoje, está bem pior do que estava em 2005.
Que o presente pedido de empréstimo, nos termos propostos, compromete seriamente o normal e desejável desempenho da função Autárquica e consequentemente o futuro do Concelho de Arganil.
Do exposto levantam-se dúvidas quanto à aprovação do pedido pelo Tribunal de Contas.

Complementarmente entendo que é reprovável, despropositado e demonstrativo de uma grande falta de Ética, juntar ao estudo, relatório, justificativo da contratação de um empréstimo ( baseado quase exclusivamente nas despesas espontâneas das intempéries do Piódão ), nove páginas que integram recortes da imprensa sobre o falecimento de um turista, vítima de uma enxurrada.

Rui Silva



ANEXO 1








ANEXO 2