30.9.09

MANIFESTO ELEITORAL - 3ª Parte


Turismo

O turismo é um sector da Economia Empresarial, com forte capacidade mobilizadora dos recursos de um Concelho e de uma Região.
Sou defensor da tese que o Turismo é uma Ciência, uma Arte e um Investimento.
O Concelho de Arganil possui uma localização estratégica na Região da Beira Interior, que goza de imensos recursos adequados e propensos à exploração turística. No computo desta Região o Concelho de Arganil è impar em potencialidades turísticas que podem e devem ser incrementadas.
É verdade que não se pode promover o turismo sem condições, mas também, é igualmente verdade que sem bons operadores turísticos o turismo não se consegue impor. Este tem sido o calcanhar de Aquiles do incremento e desenvolvimento turístico no Concelho.
Então vejamos, no Concelho podem ser incrementados as vertentes do turismo natureza, (paisagem, caça, pesca recreativa e desportiva, praias fluviais, campismo, passeios pedestres, desporto motorizado de competição, passeios todo-terreno, descidas de barco, para-pente), turismo religioso ( imenso património religioso, capela de S. Pedro, Mont’Alto, Sta. Quitéria, Sra. Das Necessidades, colcurinho, Capela Póvoa da Rainha Santa), turismo científico (património cultural e erudito, museus, bibliotecas, a grande via “da rocha”, Lomba do Canho, manifestações de arte rupestre, Fraga da Pena, Mata da Margaraça), património edificado (Piódão, Benfeita, aldeias e festas das aldeias, casas solarengas)
A todas estas vertentes do turismo associa-se o património gastronómico ( cabrito, chanfana, peixes do rio, buchos, enchidos, tigelada, etc, etc.), o património sócio cultural (ranchos, filarmónicas, tunas, cantares), os eventos com projecção supra municipal ( feira do Mont’Alto e Ficabeira, Carnaval de Coja, festival de Rock, feira das sopas, feira das Freguesias, feiras tradicionais em várias freguesias)
Serve esta pequena descrição para demonstrar o potencial existente no Concelho, para o qual se pretende suscitar o interesse de bons operadores turísticos que saibam aproveitar este manancial e promovam um grande movimento turístico no Concelho e na Região.
A acrescentar, a Câmara irá apoiar as zonas de reserva de caça já instituídas, irá promover e licenciar um campo de tiro municipal em articulação com o clube de caça e pesca e incrementar a criação de zonas de pesca oficiais.
Caberá ao município, ajudar a promover a criação de empresas, preferencialmente do Concelho, que pretendam constituírem-se parceiros nesta matéria e com projectos credíveis e sustentáveis.

Sector Primário

O sector primário tem uma relação muito íntima com os nossos recursos nos domínios da agricultura, pecuária, apicultura e silvicultura.
É comum o entendimento, embora errado, que este sector é um parente pobre da economia local e regional. Todavia cumpre-me realçar um aspecto de grande relevância, cerca de 15 % da nossa população activa está, ainda hoje, relacionada com este sector da economia, e por este facto, nada pode ser esquecido ou renegado sem que haja, uma disposição factual que o reconheça como um sector contributivo para o desenvolvimento do Concelho.
A floresta e a sua rentabilização foi, em tempo, motor de desenvolvimento. A ocorrência sistemática dos fogos florestais, transportaram para os produtores o desânimo e consequentemente o abandono da floresta. Cumpre-nos actuar no sentido de uma sensibilização efectiva dos produtores para o reordenamento da floresta e a criação de normas regimentais, por parte da Autarquia, que promovam o regresso a uma floresta compatível com o meio e com as nossas características.
A instalação em Arganil, mais propriamente na Zona Industrial da Relvinha, de uma empresa que tratará e transformará a biomassa vegetal (resíduos) da floresta, trará certamente um contributo importante na defesa e rentabilização económica da floresta, e contribuirá para a sua protecção contra os fogos florestais. Apostar no ordenamento, desenvolvimento e rentabilização florestal, aliviados de encargos relativos à limpeza da floresta é um incentivo para que no futuro, seja mais rentável a constituição de novos Produtores Florestais.
Nos serviços da Câmara iremos criar uma estrutura de apoio e incentivo aos produtores florestais, capaz de os orientar na elaboração de projectos que visem a rentabilização da floresta com apoio dos Fundos Comunitários para a sua efectivação.
A agricultura biológica será um caminho a seguir, por forma a responder com eficiência ao parcelamento da propriedade existente. Caberá à Câmara corresponder a este desígnio, na qualidade de parceiro incentivador, orientador e de apoiante, para o escoamento e comercialização dos referidos produtos.

Sector Terciário

A construção do Mercado Municipal veio corresponder a uma satisfação longínqua da população. No entanto, para além das Quintas-Feiras, o mercado fica encerrado pelo que será necessário encontrar soluções que rentabilizem este espaço, colocando-o ao serviço da população consumidora e produtora.
Assim, é intenção da candidatura promover a abertura do mercado, numa primeira fase, aos Domingos da parte da manhã, proporcionando a comercialização de produtos locais, produzidos por cidadãos do Concelho, tais como produtos agrícolas, artesanais e outros, sendo do espaço facultado gratuitamente. Desta forma, trava-se a venda indiscriminada e em locais impróprios.
Trataremos de apoiar os mercados sazonais de tradição, como os de Coja, Santa Quitéria, Barril de Alva, Celavisa, Secarias, Sarzedo, S. Martinho da Cortiça e Mont’Alto.
É-nos difícil compreender a transferência da feira tradicional do Mont’Alto para o Sub-Paço. Tal mudança seria, eventualmente, aceite em termos experimentais, só que a persistência desta postura, depois de se constatarem os reflexos negativos que tal atitude originou, é incompreensível.
É determinação desta candidatura retomar a realização da feira, Feira Anual, Festas do Concelho de Arganil, no Paço-Grande, já no ano de 2010, sob pena de se estar a quebrar, irremediavelmente, uma tradição secular.
3- Rede Viária
A candidatura defende a reestruturação geral da Rede Municipal no que concerne à sua reclassificação, pelo que irá promover uma definição de novas escalas de importância, quer por razões de interligação à Rede Nacional, quer pela sua relação com a Rede Supra-Regional, quer pelo seu interesse municipal (ligação entre as Sedes de Freguesia e/ou de interesse turístico), quer ainda pela sua importância local ( acessos às povoações ) e rural.
Assim, a rede viária municipal terá quatro níveis:
- Itinerários Municipais Estruturantes – I.M.E. (s)
- Itinerários Municipais Complementares – I.M.C.(s)
- Caminhos Municipais Rurais – C.M.R.(s)
- Caminhos Municipais Agrícolas – C.M.A.(s)
Em função da sua classificação serão estabelecidas as respectivas características físicas e, cumulativamente, as correspondentes regras de utilização.
Este procedimento configurará numa norma de exigência de actuação do Município, com uma envolvência estratégica, no que diz respeito à manutenção, controlo e sinalização bem como às obras de rectificação dos traçados.
Defendemos também a metodologia de pavimentar todos os acessos às povoações do Concelho.
Ir-nos-emos debater pela tão insistentemente reclamada E.N. 342, cuja realização tem persistido manter-se inalterada, isto é, parada no tempo. A Candidatura reconhece nesta atitude uma via que tem obstaculizado o crescimento do Concelho e onde a actuação do Estado Central tem, necessariamente que intervir.
Os Cidadãos do Concelho, ao longo de vários anos e mais precisamente há bem pouco tempo, têm assistido a promessas que, posteriormente, regressam ao esquecimento.
Para obviar esta situação e, de alguma forma, pressionar o Governo, é nossa vontade e querer, no troço entre Arganil e Coja, iniciar os trabalhos de movimentação de terras e de drenagem, conforme projecto existente, e remeter para a responsabilidade do Estado a construção das obras de arte, de pavimentação, de sinalização e de demarcação.
Estaremos com o propósito de, em paralelo, defender a integração das variantes urbanas de Arganil e de Coja, no projecto da E.N.342.
Ainda, em relação à E.N. 342, defendemos a sua continuidade a partir de Coja e ligação ao Nó do I.C. 6 e I.C. 7 (Venda de Galizes), com a construção de uma nova via pela margem direita do Rio Alva, utilizando a nova ponte de Coja.
É intenção da candidatura promover a construção de uma via turística marginal ao Rio Alva, entre Secarias e Coja (margem esquerda), com aproveitamento de caminhos existentes e com a construção de novos troços de interligação.

Ensino oficial / Profissional

A Autarquia deverá coadjuvar o sistema educacional, responsabilidade da Administração Central, no que de essencial deve ser realizado para um bom desempenho dos agentes formativos em benefício das crianças, adolescentes e jovens facultando-lhes os meios complementares de funcionamento dos estabelecimentos de ensino, tanto ao nível de equipamentos e de cantinas escolares como de complemento de horários e de disciplinas complementares ao bom desenvolvimento físico e psíquico do estudante.
É sobre esta matéria, disciplinas complementares, da responsabilidade e financiamento da Autarquia, que a Candidatura Por Arganil, Concelho com Futuro pretende integrar no Programa Curricular das escolas, a partir do 1º Ciclo, uma disciplina denominada “Geografia do Concelho de Arganil e seu Enquadramento Regional” para um maior e melhor conhecimento da região.
No apoio social à criança, pretendem-se retomar as negociações com a Fundação Bissaya Barreto para recuperarmos a Creche e Jardim de Infância de Coja que este executivo, por mero capricho, permitiu que encerrasse as suas portas.
O apoio social estende-se ainda à participação da Autarquia, em todo o processo, no apoio e encaminhamento de crianças provenientes de famílias carenciadas.
Impõe-se também à Autarquia a tarefa de articulação da escola com o meio social em que está inserida, cooperando com as necessidades extra-curriculares, tendo por objectivo a ajuda e participação cívica junto da comunidade e o conhecimento da realidade e das potencialidades do Concelho.
Em relação à formação profissional, cumpre à Autarquia estabelecer um programa interactivo entre a escola e as necessidades empresarias existentes no Concelho, de forma a ajudar o jovem no caminho de uma ocupação profissional compatível com suas as características e os seus anseios. Neste âmbito, o apoio aos estabelecimentos de ensino com objectivos mais profissionalizantes é um dever e uma obrigação que cabe à Autarquia.
Complementarmente, projectos criativos que tenham por razão o desenvolvimento cultural do e no Concelho e os que visem o incremento da estrutura económica e produtiva, devem ser acarinhados e apoiados.
Como nota final, cumpre-nos referir que a temática da juventude deve ser tratada com grande respeito pois tem um papel relevante na sociedade arganilense.