13.8.10

Reacção à proposta de expulsão de militantes do PS Arganil.

A notícia vinda a público veiculando a expulsão de militantes do PS, nomeadamente 10 em Arganil, pelo facto de terem integrado uma lista de Independentes “liderada por Rui Silva”, concorrente às últimas Autárquicas, impele-me para os seguintes considerandos:

1- Lamentar o facto de a notícia vir a público sem que os visados, pelo menos assim o manifestaram, terem tomado conhecimento antecipado do seu teor.

2- Desde já, subscrevo as afirmações do meu caro amigo Mário Vale “Se o Partido me quiser expulsar que me expulse”. Na certeza porém que continuarei a ser o que sou, com a mesma conduta que sempre tive e a defender sempre os mesmos ideais, e a haver expulsão, nada perderei. Já não direi do Partido, não sendo por mim, mas por todos aqueles militantes que subscreveram a candidatura de independentes, porque sem eles, e nisso tenho toda a certeza, quem ficará a perder, e bastante, será o próprio Partido.

3- Também para informar que todos quantos perfilam na candidatura dos independentes, militantes ou não, fizeram-no livremente e com alma e coração abertos, no real propósito de contribuírem para o engrandecimento do Concelho e do País. A candidatura independente foi a primeira a apresentar-se concorrente às eleições, ainda o PS não tinha candidato e nem sabia quem apresentar, tendo, algumas vozes chegado a admitir apoiar a candidatura independente. Só após um ciclo de avanços e recuos relativamente a três candidatos possíveis, conseguiram decidir-se mas muito tardiamente. Perante este cenário, é razão suficiente para se afirmar que foi o PS que avançou contra a lista dos independentes e não o contrário.

4- Uma outra nota que não escapa à minha análise, é a tentativa do, “Toca e Foge”, dos senhores Victor Baptista e Eugénio Frois, respectivamente, Presidente da Federação de Coimbra e anterior Presidente da Comissão Política Concelhia com a afirmação de que “… não tiveram intervenção nenhuma no processo”, quando, de facto, o processo foi iniciado e desencadeado pelos visados.

5- Sou ainda de estranhar a situação deste processo, porquanto fui conhecedor dos termos da candidatura do actual presidente da Comissão Politica Concelhia, a apelar à unidade e reagrupamento dos militantes em torno do Partido, fazendo prova disso, convidar, com conhecimento de causa, a integrar a sua lista para a Concelhia, quatro elementos candidatos na lista de independentes às Autárquicas, que a ser assim, terão de ser substituídos por motivo de expulsão.

6- Também não estou em notar positivamente a tal atitude de expulsão de militantes, porquanto é o próprio partido, em períodos pré eleitorais, a aliciar e integrar nas suas listas, para qualquer acto eleitoral, elementos militantes de outras forças políticas.

7- Finalmente, atendendo à razão estatutária do Partido, sou de concordar com o desenvolvimento do processo, todavia, alerto quem de direito no partido, para os inúmeros casos similares, actuais e do passado, muitos deles amplamente conhecidos, que venham a ter o mesmo tratamento, sob pena do Partido perder a credibilidade à custa da incompetência de muitos dos seus militantes. Fica ainda descartada qualquer outra hipótese de substituição de nenhum outro dos militantes do PS que integraram a lista dos independentes, pois não há outro alguém que se encontre a braços com alguma nomeação ou cargo político, empossado pelo Partido.


Rui Silva

Encerramento de Escolas

O encerramento das escolas de Folques, Pomares e Secarias, foi admitido como possível, pelo senhor Presidente, na reunião de Câmara nº 15 de 15 de Junho de 2010.
Dessa intervenção retive a acusação do senhor Presidente, dirigida ao governo de “Medida Cega”, para logo a seguir, na sequência, recuar de mansinho, e vir a admitir dialogar com a Administração Central, no sentido de sensibilizar e pressionar para que tal não se venha a concretizar.
Intervim no sentido de manifestar indignação sobre a utilização da expressão Medida Cega e aplaudi a posição do diálogo.
Mau grado a posição vinculada por um senhor vereador pertencente à maioria PSD, Senhor Luís Paulo, que chega a admitir que possivelmente o diálogo seria infrutífero, classificando a dita indicação de encerramento como “…não podemos dizer que são coisas para negociar porque essa perspectiva seria a perspectiva séria (quererá com isto dizer que o contrário, ou seja, a perspectiva do governo será desonesta), face àquilo que está no Despacho que foi agora recentemente publicado; aquilo que nos foi transmitido por parte da DREC é que é para fazer,…”, sic, página 5 da acta da reunião nº 15 de 15 Junho.
Concluindo, prevaleceu a opção do diálogo e foram salvaguardadas as apreensões manifestadas pelo senhor Presidente, de que resultou a decisão da DREC de não encerrar os referidos estabelecimentos, do que me sinto satisfeito.
Caiem assim por terra o termo Medida Cega e a declaração fatalista de que não há nada a fazer, revelando precipitação do senhor Presidente e um interesse, quiçá politico, por parte do PSD.
Por último, sem pretender comentar um nota de imprensa do PS e um comunicado do PSD, que vieram a público recentemente sobre o caso;
Na qualidade de vereador do Executivo da Câmara, em representação neste Órgão do Movimento Cívico de Cidadãos, Por Arganil, Concelho com Futuro, sem procuração de qualquer outra finalidade que não seja a verdade e o verdadeiro interesse do tema a propósito, ensino e criança, venho enaltecer o bom senso e que aquilo que tiver que ser feito, que seja realmente feito, sem que se esteja à espera de aplausos, porque a finalidade superior do autarca é o cumprimento do seu dever.

Rui Silva