24.11.11

A REFORMA ADMINISTRATIVA

Reunião nº 22/2011 de 18 de Outubro

Período de Antes da Ordem do dia


Li os textos das intervenções referentes à reforma da administração local que ocorreram na reunião de 4 de Outubro, e aproveito para, sobre este caso, emitir a minha opinião:


Acho este processo despropositado porquanto fica muito mal aos políticos portugueses, a afirmação que a reforma administrativa vai avançar “agora”, porque foi uma imposição da Troika, o que, quanto a mim, mais parece uma coisa de outro mundo. Há vários anos que se debate esta matéria e foi preciso uma Troika, que se assemelha a nome atribuído a uma peça de ópera, para chegar e vencer, como colocando o dedo no nariz dos políticos portugueses e dizer, estamos entendidos!!


É meu parecer que esta será muito má altura para uma reforma administrativa, até parece que estivemos em guerra e agora há que separar uns de outros, ou os meus dos teus. Acho que não pode ser assim e o momento não é adequado, estou certo que, se o processo avançar vão cometerem-se demasiados erros e injustiças, porque o que assusta e preocupa nesta questão é estar a prevalecer a razão do económico e isto, para estes casos, não é o mais importante.


Por outro lado penso que a solução económica para a crise não se encontra em mais umas centenas de ordenados de presidentes de junta, secretários e tesoureiros, a solução não reside cá por baixo mas sim muito acima.


Aliás, a crise não é só económica, ela é igualmente social, de falta de responsabilidade, de transparência, de solidariedade e de justiça.


A visão economicista do momento que se atravessa atira sempre o peso dos encargos para os que não têm culpa sobre a actual situação. Esperemos que os principais responsáveis por parte da actual crise, sejam identificados e, então, prevaleça a justiça.


Rui Silva